Em 1875, Marx encaminhou à cidade de Gotha um conjunto de observações críticas ao programa do futuro Partido Social-Democrata da Alemanha, resultado da unificação dos dois partidos operários alemães: a Associação Geral dos Trabalhadores Alemães , dirigida por Ferdinand Lassalle, e o Partido Social-Democrata dos Trabalhadores, dirigido por Wilhelm Liebknecht, Wilhelm Bracke e August Bebel, socialistas próximos de Marx. O projeto de programa proposto no congresso de união privilegiava as teses de Lassalle, o que suscitou críticas virulentas de Marx em forma de carta direcionada aos dirigentes. Sua oposição devia-se não à fusão dos partidos quanto a isso era da opinião de que “cada passo do movimento real é mais importante do que uma dezena de programas”, mas ao estatismo exacerbado que ganhara espaço nas diretrizes do novo partido. Nem a favor do poder absoluto do Estado proposto por Lassalle, nem da ausência de Estado proposta pelos anarquistas: a proposição de Marx era a “ditadura revolucionária do proletariado”, forma de Estado que teria lugar durante o período de transformação revolucionária que conduziria ao advento da sociedade comunista. Segundo ele, as cooperativas “só têm valor na medida em que são criações dos trabalhadores e independentes, não sendo protegidas nem pelos governos nem pelos burgueses”.
Informações sobre o Livro
Título do livro : Crítica do Programa de Gotha
Série : Marx & Engels
Autor : Marx, Karl
Idioma : Português
Editora do livro : Jinkings editores associados LTDA-EPP
Capa do livro : Mole
Ano de publicação : 2012
Quantidade de páginas : 144
Altura : 230 mm
Largura : 160 mm
Peso : 247 g
Tradutores : Enderle Rubens
Data de publicação : 01-12-2012
Gênero do livro : Ciências Humanas e Sociais